quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Destino

Correndo apressado, desesperado.
Seu plano traçado, deu errado.
O caminho percorrido, equivocado.
O sonho perseguido, esquecido.

Acordava e levantava já cansada,
Sabia que havia alguma coisa errada.
Buscava, perseguia, nova vida.
Procurava, procurava, uma saída.

Loiro e alto, moço sério.
Mulata e miúda, piadista.
Tímido, fechado, sorriso torto.
Bonita, extrovertida, bem vista.

Sonhando acordado, distraído.
Ela olhava intrigada, fascinada.
Perdido, desengonçado, limpando o suco derramado.
Assistia e sorria, encantada.

Os opostos se atraem,
Diferentes mas iguais.
Juntos se se sentiam
Alegres e em paz.

Encontraram a saída
Que tanto procuravam,
E juntos fugiram,
O céu alcançaram

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Não Sei

Escrevo.
Por que eu escrevo?
Escrevo para me libertar
Escrevo pois com um papel e uma caneta na mão posso ser eu mesmo.
Posso ser eu mesmo.
Longe das pressões externas,
Das opiniões externas
Posso ser eu mesmo.
Posso ser eu mesmo?
Quem sou eu?
A insistente dúvida teima em me perseguir.
Quem sou eu?
O que significa '' ser '' alguém?
Não sei.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Noite Inocente

Um beijo roubado,
Uma noite estrelada,
O chão iluminado
Pela luz do luar.

Um sorriso perdido,
Esava extasiado.
Havia realmente acontecido?
Um estado de torpor.

Aproveitaria cada segundo,
Cada momento,
Cada Insante.
Aquele dia seria eterno,
Sem hora pra acabar.

Surgia uma magia
Naquele dia.
Será que era amor??

Mas a noite teve fim,
É hora do descanso.
A mente voa livre,
Se recorda dos abraços.

Já acabou o luar
Resta só um sorriso faceiro
E a cabeça no travesseiro
Que se coloca a sonhar.

sábado, 3 de novembro de 2007

MInha cria

A cabeça sintila o verso latejante
Que quer se libertar.
O verso, antes preso
Quer sair pra algum lugar

Não quer ficar dormente
Em estado dicionário
Quer com seu calor latente
Mudar o itinerário.

E eu, mero intéprete dessa magia,
escrevo.
O verso é minha cria.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Papo de Elevador

Que tempo louco
Que louco é o tempo!
Um dia faz calor,
No outro faz frio
Embaixo do cobertor,
Nos loucos meses de Abril.

Que tempo louco
Que louco é o tempo!
Não pode ser previsto
Não pode ser tocado
Apenas pode ser sentido
Vivenciado.

Que tempo louco
Que louco é o tempo!
Dias de sol, chuva
Tudo ao mesmo tempo
Fica-se à própria sorte.
Soltos ao relento.

Será que o tempo é louco?
Ou loucos somos nós?
Que reclamamos do tempo,
Reclamamos sem pensar
Ao invés de simplesmente
Nos deixar levar.

Como somos loucos!
Quão loucos somos nós?
Que brigamos com o tempo
E com inocente louvor
Transformarmos a complexidade do tempo
Em mero papo de elevador.